quarta-feira, maio 27, 2015

Death And Vanilla - "To Where The Wild Things Are"


Banda que me escapou ao radar desde a sua formação em 2010, o duo sueco composto por Marleen Nilsson e Handers Hansson, produzem sob a designação de Death and Vanilla uma sonoridade retro-futurista psicadélica assente nas experiências radiofónicas da BBC na década de 60, em bandas-sonoras vintage, em grupos como os United States of America, Stereolab, Broadcast, no dream-pop dos Mazzy Star, Au Revoir Simone, Beach House e Still Corners, partilhando igualmente um universo similar com os recentes Gulp, Virginia Wing e Soundcarriers.

Apesar do seu som soar deveras familiar, estamos perante um disco que em nada fica a dever às suas influências, embora por vezes estas fazem-se notar em demasia. "To Where The Wild Things Are" foi gravado com parcos meios mas isso não impediu a banda de criar um disco com uma rigorosa produção com a voz de Marleen imersa em reverb, os teclados recheados de pormenores e uma guitarra fuzz a surgir a espaços.

Temas como "Necessary Distortions" (que titulo tão Stereolab!), "California Owls" (olá Beach Boys),  a açucarada "Time Travel" ou "The Hidden Space" (olá Silver Apples) são alguns exemplos de um disco que cria vício e decerto fará parte de várias listas dos melhores deste ano.



Sem comentários: