segunda-feira, março 13, 2017

Noughties Pop Gems #2

01 - Violens - "Already Over" 02 - The Isles - "Flying Under Cheap Kites" 03 - Hot Hot Heat - "Talk To Me, Dance With Me" 04 - Dogs Die In Hot Cars - "I Love You Cause I Have To" 05 - Apples In Stereo - "Energy" 06 - Imperial Teen - "Baby" 07 - Stephen Malkmus - "Phantasies" 08 - Adam Green - "Carolina" 09 - The Shins - "Australia" 10 - The New Pornographers - "My Slow Descent Into Alcoholism" 11 - Joy Zipper - "Go Tell The World" 12 - The Mae Shi - "Run To Your Grave" 13 - The Rosebuds - "Hold Hands and Fight" 14 - The Dodos - "Fables" 15 - Prints - "Too Much Water" 16 - Someone Still Loves You Boris Yeltsin - "Think I Wanna Die" 17 - Gomo - "Feeling Alive" 18 - Oh No! Oh My! - "Walk In The Park" 19 - Belle & Sebastian - "Step Into My Office, Baby" 20 - Peter, Bjorn & John - "Young Folks"

quarta-feira, março 08, 2017

Ibibio Sound Machine - "Uyai"


Após a estreia auspiciosa em 2014 com o seu registo homónimo, os Ibibio Sound Machine regressam com "Uyai" um autêntico caldeirão sonoro no qual detetamos afrobeat, disco, dub, funk, electro, pitadas de post-punk e diversos ingredientes de várias regiões do globo.

Tal como no seu antecessor, o coletivo de oito músicos liderado pela carismática Eno Williams aposta em ritmos dançantes que facilmente se tornam contagiantes. Muito embora as letras cantadas em inglês e ibibio abordem temas mais sérios como o rapto de 276 raparigas na Nigéria ou a igualdade entre as mulheres,a luta do povo africano ou o estado em que o mundo se encontra, ainda assim, o conceito musical é de esperança, celebração e positivismo.

Como já foi referido, a abundância de estilos e referências é tal que num mesmo tema gingamos com a batida tipicamente africana, soltamos uns movimentos de break-dance com o electro-funk-old-school (o Arthur Baker deveria ter sido convidado para produtor), em diversos momentos pensamos na synth-pop do Gary Numan e num ápice imaginamos uma rave com milhares de pessoas suadas e sorridentes ou no animado ambiente de um festival de músicas do mundo.

Se o tom festivo e bailante é vigente em quase todo o registo, contudo surgem ao longo do disco temas mais intimistas que a meu ver quebram o balanço como são o caso de "Quiet", "Lullaby" e "Cry (eyed)", bastando atentar aos seus títulos caso restassem dúvidas, contudo não retiram o imenso prazer de escutar este disco e de imediato abanar a anca com faixas do calibre de "Give Me A Reason", "The Pot Is On Fire", "Joy (Idaresit)", "Power Of 3", ou a frenética "Trance Dance".