Tal como no seu antecessor, o coletivo de oito músicos liderado pela carismática Eno Williams aposta em ritmos dançantes que facilmente se tornam contagiantes. Muito embora as letras cantadas em inglês e ibibio abordem temas mais sérios como o rapto de 276 raparigas na Nigéria ou a igualdade entre as mulheres,a luta do povo africano ou o estado em que o mundo se encontra, ainda assim, o conceito musical é de esperança, celebração e positivismo.
Como já foi referido, a abundância de estilos e referências é tal que num mesmo tema gingamos com a batida tipicamente africana, soltamos uns movimentos de break-dance com o electro-funk-old-school (o Arthur Baker deveria ter sido convidado para produtor), em diversos momentos pensamos na synth-pop do Gary Numan e num ápice imaginamos uma rave com milhares de pessoas suadas e sorridentes ou no animado ambiente de um festival de músicas do mundo.
Se o tom festivo e bailante é vigente em quase todo o registo, contudo surgem ao longo do disco temas mais intimistas que a meu ver quebram o balanço como são o caso de "Quiet", "Lullaby" e "Cry (eyed)", bastando atentar aos seus títulos caso restassem dúvidas, contudo não retiram o imenso prazer de escutar este disco e de imediato abanar a anca com faixas do calibre de "Give Me A Reason", "The Pot Is On Fire", "Joy (Idaresit)", "Power Of 3", ou a frenética "Trance Dance".
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