domingo, julho 31, 2016

Summer Tape 2016

01."Get It Right" - Braves 02."Smash" - Varsity 03."Honeydew" - Dazy Crown 04."Breathless" - Diet Cig 05."Sinister" - Frankie Cosmos 06."Holy Day" - Motorama 07."Vacation" - Simen Mitlid 08."Moby Dick" - Gurr 09."Midnight Lovers" - New Swears 10."Yr Horoscope" - Sea Pinks 11."The Way Things Should Be" - Modern Nomad 12."Ice Cream (On My Own)" - Goon Sax 13."Bone" - King Gizzard And The Lizard Wizard 14."Keep Swimming" - Soda Shop 15."Mess Of Me" - Malandros 16."Zookeeper" - Petite League 17."Easier Said" - Sunflower Bean 18."Out of Mind" - DIIV 19."Airport Bar" - Martin Courtney 20."Here's No Use" - Salad Boys

quinta-feira, julho 14, 2016

Bambara - "Swarm"


Recordo-me de ter ficado deveras impressionado com a atuação dos Bambara aquando da sua passagem pelo Porto em 2013 como banda de suporte aos A Place To Bury Strangers, e desde então tenho aguardado pelo sucessor do debutante "Dreamviolence". "Swarm" foi um parto complicado tendo em conta várias contrariedades que a banda sofreu, no entanto, souberam dar a volta e com o precioso auxilio na produção de Ben Greenberg (Uniform) e o resultado final é deveras compensador.

Desde logo o maior destaque neste registo incide no espaço dado à voz de Reid Bateh, desta feita bem mais audível e a revelar-se uma enorme surpresa. Qual filho bastardo de Nick Cave à procura de reconhecimento, Reid e as suas letras tingidas a negro são agora bem mais perceptíveis e com isso a banda alcançou uma intensidade que outrora encontrava-se submergida em ruído.
Todavia, não fiquem com a ideia que a banda abandonou o seu característico noise-rock / post-punk em detrimento de baladas sobre assassinos, nada disso, prosseguem dentro da mesma matriz contudo o seu som é agora mais nítido e a utilização de loops mais criteriosa.

Ao longo das doze faixas que compõem "Swarm" detetamos a influência dos The Birthday Party, Swans, Bad Seeds, Sonic Youth, Scientists, Gallon Drunk, Cramps, Gun Club ou semelhanças com os Disappears, Destruction Unit, Iceage e até os Girl Band, pontuadas por guitarras a roçar o psychobilly, o cowpunk ou em constante frenesim, ambiências industriais por vezes a deslizar para território gótico, num todo que resulta num disco denso, claustrofóbico, rico em texturas, ao qual voltamos com o mesmo prazer.