terça-feira, novembro 14, 2006
alternativo?
Já lá vão alguns anos desde que encontrei esta curiosa imagem na net. A questão do que é realmente "alternativo" origina discussões do género "o sexo dos anjos", por isso escusam de degladiarem-se nos comentários sobre se esta é ou não uma verdadeira banda alternativa, ou se o termo é aplicado meramente como uma variante ao que se passa nos tops, pois facilmente os argumentos caem por terra.
O que importa realmente é que seja boa música, mas como muitos de vós sabem a tarefa de catalogar as bandas é uma das minhas funções, daí considerar a foto bastante familiar.
Em nota de rodapé: eu ainda classifico os White Stripes no sector alternativo.
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12 comentários:
A primeira vez que vi esta imagem achei piada. Catalogar faz parte do processo de comercialização.
Deixei de vender discos em Maio de 2000, como tal, há mais de 6 anos que já não me preocupo muito em separar discos por secção, por "rack", por ordem alfabética, de cima para baixo, de trás para a frente, da esquerda para a direita ...
... reparo numa coisa bem fixe, mais atrás dos White Stripes, está uma placa com a inscrição Yo La Tengo e eu adoro essa família. Boa gente.
Se tivesse continuado nesse ramo de actividade, possivelmente teria outra atitude, ou talvez não. Aqui em casa é-me difícil separar os discos por secções, por isso vai mesmo por ordem alfabética.
Em tempos usava um esquema que só eu é que percebia. Sonic Youth à parte. Yo La tengo, Luna e Stereolab juntinhos. Smog à parte. Cena de Chicago à parte. Pavement ao lado de Sebadoh e numa ponta bem distante os Dinosaur Jr, juntos com a Cena de Boston. Jazz melancólico com o Bebop e a Bossa Nova, mas longe do Free Jazz, este estava ao lado da Cena de Chicago (ainda não percebi porquê). Havia uma lógica para tudo (na minha cabeça), ou era uma Cena mais Washington, D.C. com a Cena de Olympia, o Hip Hop com o Punk-Hardcore, os Velvets com os Stooges com os Modern Lovers ... okay, a certa altura ficou mesmo complicado e depois - toca a ordenar tudo por ordem alfabética.
Pelo que me apercebia, na loja, a forma como catalogava/separava, podia definir se o disco ia vender mais ou menos. Por estranho que possa parecer, catalogar como alternativo, acabava muitas vezes por fazer o disco vender mais do que noutro sector qualquer. Mesmo assim, o termo "alternativo" nunca me agradou muito, termo por termo ou mal por mal, sempre preferi aquele que se pode ver inscrito noutra placa ainda mais atrás da que referi anteriormente - indie. Tb parece uma coisa fatela/modinha mas parece-me menos Saco Onde Cabe Tudo - Alternativo.
Desculpa lá, já tinha saudades de fazer um comentário tão longo e tão chato.
"Pegando" nas palavras do Superpiloto, claro que, para mim, WS continuam a ser catalogados como "INDIE". Julgo que estão a passar por um período um pouco down.
(A imagem é formidável!)
Abraço!
Eu acho que fizeste bem. Houve aquele "boom" mas são uma banda alternativa, indie ou lá como quiserem chamar.
Em casa também vai tudo por ordem alfabética mas um dia hei-de ter o meu momento à lá Rob Gordon e separo-os à minha maneira, tal como o superpiloto fez.
Nunca gostei de rótulos mas compreendo perfeitamente...
Eduardo, hoje em dia ainda há muita gente a comprar discos novos sem conhecer as bandas?
Dantes também tinha tudo separado por uma lógica que só eu entendia, mas a coisa complicou-se de tal forma que a páginas tantas nem eu próprio sabia onde paravam os CDs. Vai daí, há uns tempos deu-me um vibe e resolvi pôr tudo de Abba a Zita Swoon. Ou quase. Bowie, VU e derivados continuam a estar por cima da carne seca. E por causa do tipo de estantes que tenho (não vale a pena entrar em detalhes) tenho mesmo que ter algumas secções. Pop francesa e espanhola, bandas sonoras, world, jazz, colectâneas, natal, etc.
A expressão "alternativo", tal como hoje em dia é empregue, é ridícula. Também prefiro dizer indie, mas na minha cabeça, indie é para cenas mais específicas, sobretudo bandas de guitarras com atitude "cool". Para mim os lemonheads são indie, os stereolab não.
Bela foto, Edu! Quando for á multinacional amarela hei-se ver onde param os WS, se no pop em geral ou no "alternativo/independente".
actualmente é muito dificil vender um disco sem a pessoa o ouvir de antemão, mas alguns casos quase que nem é preciso por a tocar pois é certo e sabido que o cliente vai gostar.
acrescento que lá em casa vai tudo por ordem alfabetica, à excepção das compilações que ficam no fim.
para mim, essa cena do alternativo já não faz sentido. hj em dia já nada é alternativo. tudo é comercial (quem é q edita discos para n vender?). os u2 eram alternativos, os coldplay idem, os white stripes tb.
ainda assim tenho uma opinião sobre o indie (de independente), para mim são bandas que ainda n estão em grandes editoras (algumas se calhar nem querem, e isso sim é de louvar! ex. franz ferdinand). agora, serão os franz ferdinand alternativos? quem não conhece os gajos??
para mim é tudo música, ponto! quero lá saber se são pouco ou muito conhecidos, se vendem muito ou pouco, desde q eu goste...
"para mim é tudo música, ponto! quero lá saber se são pouco ou muito conhecidos, se vendem muito ou pouco, desde q eu goste..." é isso.
No entanto, e a título de meter nojo, ferdinandos e indie-rock não me parece que colem mt bem, mas acho que estamos todos no mesmo barco. Música pela música, se numa loja tens que separar por secções, então força e Alternativo é mesmo um Saco Gigante onde cabo mesmo quase tudo, se estabeleceres um critério com baliza e rede e tudo, pode delimitar melhor as opções, mas pronto e tal, White Stripes ao lado de Whitesnake parece-me um bocado mal. Se antes estavam no saco indie e de repente ficam famosos e vendem milhões, são flutuações que podem acontecer em qualquer lado e a qualquer um. Com Nirvana a coisa tb complicou há mais de uma década atrás. Num dia eram refundidos-desconhecidos-quase-mendigos, no outro eram milionários-que-não-podiam-sair-à-rua-para-comprar-pão. E Nirvana eram alternativos, ou indie? Para mim, mais indie que Franz Ferdinand, mas eu sou suspeito e apesar de ter a noção que posso estar a meter nojo, não pretendo começar com qualquer guerrilha retórica com quem quer que seja.
lá está, daí o complicado da coisa...
agora, para mim, os franz ferdinand são mais indie (são mais indie, será q se pode dizer isso??) q os nirvana, pelo simples facto dos nirvana estarem na geffen e os franz na domino. mas sei lá...
SY na Geffen, lá se vão todas as teorias ...
excepções q confirmam a regra...
como diz o cap., isto é como discutir o sexo dos anjos! Indie é tipo estado de espirito que acho ter mais a ver com atitude, ou atitudes, que com outra coisa qualquer. Cá por casa 95% é "indie", o resto são antiguidades - classicos, melhor dizendo, bandas sonoras e pouco mais. Um dia terei tudo organizado por ordem alfabetica que é o que faz mais sentido, por agora só o vinil tem direito a essa organização. Os CD's estão organizados de uma forma que nem eu proprio consigo descrever, mas a verdade é que sei onde é que está cada um de milhares de discos - e estão espalhados por toda a casa. Uma forma curiosa de organização que vi nalgumas lojas (na holanda e nos USA) é a do file under; ou seja tipo file under stereolab e aí está tudo que alguém achou que tem a ver com os gajos... acho que isto tem a ver com os gostos da clientela - do género "há uma serie de gajos que gostam de stereolab, logo há que lhes mostrar mais cenas do mesmo tipo". as pesquisas via net mudaram tudo e vão ser cada vez mais elaboradas e abrangentes - qualquer dia para procurar um album, basta dizer uma serie de coisas a um computador (ou se calhar ao que hoje chamamos hi-fi) e a coisa começa logo a tocar por toda a casa! a merda é que vai haver alguém a tentar impingir-nos isto e aquilo porque pensa que sabe os nossos gostos só porque comprámos isto e aquilo! e as capas? já todos comprámos algum discos quase só de olhar para a capa... há alguém que consiga catalogar os gostos "capisticos"?
So fuck off as sugestões das amazons, etc. - são impessoais, são incentivadoras da preguiça para quem acreditar nelas (alguém acredita?)-, viva a investigação, viva o passa-a-palavra, viva as conversas com gajos que sabem realmente do assunto, que ouvem, que lêem, que se interessam e que conhecem os clientes - como o edu, o paulo, etc. -
As possibilidades de pesquisa pelos nossos proprios meios que temos hoje devem ser aproveitadas.
pois é, pois é, pois é.....sempre a mesma coisa...tu catalógas á tua maneira e depois eu é que me esfarrapo todo a trás dos CD's para os crentes ouvirem....Sempre te disse que Quim Barreiros é "Portuguese Alt." mas tu insisres em por junto dos pimbas...
Um abraço
A imagem está muito á frente!!!
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