domingo, junho 15, 2008

Newsletter Capitão Edu #84

Aquisições

7”
Future Of The Left – “Small Bones Small Bodies” (2007)
Bela capa e tema a fazer jus ao passado Mclusky.

The Mae-Shi – “Run To Your Grave” (2008)
O álbum é algo desiquilibrado, mas este single é cinco estrelas.

Rogue Wave – “Lake Michigan” (2008)
Alegria, estes já editam singles. Retirado de “Asleep At Heaven’s Gate” finalmente com distribuição europeia.

Audições
Criticas o mais sucinto possível para não desistirem de ler até ao fim!

Cut / Copy – “In Ghost Colours” (2008)
Trio australiano praticante de um pop electrónico que não acrescenta uma vírgula ao que já foi feito na década de 80 pelos New Order, Human League, O.M.D., ou Daft Punk e Lcd Soundsystem como exemplos mais recentes.
Vá la um tipo perceber estes hypes...

Wedding Present – “El Rey” (2008)
Autêntica instituição do indie rock, a banda de David Geddes é incapaz de rubricar um mau álbum, contudo este novo registo fica um pouco aquém das expectativas, mas ainda assim com suficientes motivos de interesse.

Death Cab For Cutie – “Narrow Stairs” (2008)
Nunca fui grande adepto desta banda, quiçá pelo alto teor de açucar que empregam nas suas canções. Este novo registo não deriva muito do college-pop habitual mas inclui alguns apontamentos que fogem um pouco à fórmula que levou o anterior “Plans” ao galardão de platina nos States.

Liquid Liquid – “Slip In and Out Like a Phenomenon” (2008)
Já não era sem tempo que alguma editora iluminada (Domino) reeditasse uma das mais importantes bandas do post-punk americano, cuja influência pode ser detectada em várias tendências musicais ao longo de quase três décadas, que o digam Grandmaster Flash, New Fast Automatic Daffodils, Rapture, !!! ou Ui.

Ting Tings – “We Started Nothing” (2008)
Em grande no U.K., a combinação electro pop-new wave-post-punk deste duo resulta em dois ou três singles orelhudos mas depois não sai da cepa torta.

Santogold – “Santogold” (2008)
Projecto de Santi White onde encaixam vários géneros. A meu ver se não entrasse pela onda da M.I.A. o resultado era bem melhor. Digamos que metade do álbum safa-se, as mais próximas ao pop/rock está bom de ver.

Spiritualized – “Songs In A & E” (2008)
Desde o célebre “Ladies & Gentlemen...” os Spiritualized não souberam evoluir, daí que quando ouvi este novo registo as minhas expectativas eram rasteiras, e tal ficou deveras confirmado ao ter carregado no stop ao fim da quinta faixa...

Ladytron – “Velocifero” (2008)
O anterior “Witching Hour” resultou num dos melhores discos de 2005, contudo este novo disco está longe de superar o seu antecessor.
Sem ser um retorno á sonoridade electro pop dos primeiros discos, “Velocifero” perdeu o nervo rock em desfavor de uma electrónica cada vez mais soturna.

Concertos
Apse (29/05, Mercedes)
Mais uma arrebatadora prestação desta banda americana com uma presença em palco sempre nos limites com um som impecável.

Clubbing (30/05, Casa Da Música)
A abrir as hostilidades tivemos a presença dos Lightspeed Champion cuja pop algo reciclada não me entusiasmou por aí além, tal como os veteranos Young Marble Giants, que apesar de terem influenciado muitas bandas que aprecio, nunca me convenceram com o famoso “Colossal Youth”, daí ter saído mais cedo da Sala 1 para arranjar um bom lugar para ver os Vampire Weekend, o principal motivo da minha ida.
Apesar da boa performance fiquei com uma sensação de que podia ter sido melhor, como díria o anúncio, faltou isto para ser um grande concerto.
Como não fui seduzido pelo disco de estreia dos These New Puritans, não me esforcei por ficar a ver a sua actuação.

Awesome Color (03/06, Passos Manuel)
O power trio que compõe esta formação americana deu o litro em palco, contudo quando o local é sentado não existem grandes hipóteses de fazer deste evento uma celebração de garage rock com laivos psicadélicos em condições.

Enon (12/06, Mercedes)
Embora com alguns problemas de saúde, os Enon proporcionaram um bom concerto. A falta da maquinaria levou a que a banda atacasse mais a sua vertente rock com muito punk à mistura.

Tributo
Bo Diddley (1928-2008)
No passado dia 2 de Junho faleceu um dos pioneiros do rock & Roll devido a problemas de coração. O Mouco como admirador desta figura incontornável da história da música do sec.XX não podia deixar de prestar homenagem ao autor de “Hey! Bo Diddley” , “Who Do You Love?”, “Road Runner” ou “Gun Slinger”, sempre com aquele som caracteristico, mais tarde adaptado por inúmeras bandas e fonte de incontáveis versões.



4 comentários:

::Andre:: disse...

Maio também foi bastante ocupado para estes lados e no entanto não partilhei nenhuma dessas noites contigo, o que prova que o Porto está em boa forma no que toca a concertos.

M.A. disse...

De uma forma geral, daquilo que já ouvi, partilho das tuas opiniões, exceptuado duas: os Ladytron e os Spritualized.

No 1.º caso, não me refiro ao último disco, de que ainda só ouvi o single, mas sim ao anterior "Witching hour" que considero chato como a potassa... Dos Ladytron até gostei, moderadamente, do primeiro "604".

Já quanto aos Spiritualized, embora este disco venha ainda na sombra de "Ladies & Gentlmen", parece-me que traz muitas novidades, com uma sonoridade muito mais depurada. Eu próprio o estranhei à 1.ª audição, mas lá para a 4.ª/5.ª estava viciado!

Abraço

dedos-bionicos disse...

Spiritualized n gostei mt, mas tb n ouvi com muita atenção...
Esse de Liquid Liquid é que não sabia... Vou ver se arranjo isso...
Abraço

Shumway disse...

A complilação dos Liquid Liquid está fabulosa. Essencial.
NY mutant disco!!!

Abraço