Alguns números não deixam de ser curiosos, como saber que já morreram em guerra quase tantas pessoas como há 5 anos atrás, e com esses números não se nota tanta preocupação.
Foi precisamente isso que me chamou mais à atenção, mas os noticiários continuam sempre com as mesmas imagens todos os anos e não se fala noutra coisa senão nas victimas do ataque.
esta questão é mt complexa. as teorias são imensas. em parte à custa de tudo isto o Bush foi reeleito.
o filme meio doc/meio ficção do winterbottom, the road to guantanamo, parece conseguir mostrar mais algumas perversidades sobre o assunto (refiro este por ser muito recente e ainda está presente).
esse dia foi horrível para humanidade e tudo o que aconteceu a partir daí foi a continuação da monstruosidade praticada. ninguém está inocente.
Dois dos dias mais horríveis para a humanidade aconteceram há mais de meio século, quando os americanos despejaram 2 bombas atómicas em cima de duas ilhas japonesas. Outro dia horrível foi o da invasão do iraque, um país atacado sabe-se lá por quê, abrindo um precedente tenebroso em termos de negociações diplomáticas via onu ou direito internacional. A partir daí, qualquer motivo serve para se invadir um país, matar milhares de civis, destruir património de valor incalculável, desde que a força esteja do lado da potência invasora. Notícia de rodapé de um jornal (daqueles gratuitos, descartáveis) de anteontem (10-09-06): 4 soldados americanos aguardam julgamento, após terem sido identificados como os responsáveis pela violação de uma rapariga iraquiana de 14 anos e pela morte da sua mãe e da irmã de 6 anos. O mundo agradece ao governo americano por estar tão empenhado em tornar este planeta num lugar mais seguro.
os numeros são de facto curiosos, pelo menos para os menos atentos. Mas como diz o Superpiloto a questão é muito complexa e não me parece bem optar pela via da comparação das atrocidades, tipo top. O caracter sanguinário, a guerra, a morte são parte da natureza humana e estão presentes em todas as civilizações, das mais barbaras ás mais evoluidas; e os fins são sempre os mesmos: o poder - o maior de todos - e o dinheiro. Hoje, além do protesto por palavras, exigem-se, em nome da coerencia dos que protestam, acções - deixar de andar de carro ou outro meio de transporte movido a derivados do petroleo, são um pequeno exemplo. Parece-me hipocrita e incoerente criticar os que matam pelo petroleo - e pelo poder, indirectamente - e manter os confortos diários e rotineiros sem pensar em tudo o que se esconde por trás deles. Seja como for, toda e qualquer morte desnecessária é profundamente lamentavel; a questão da necessidade da morte é muito complexa.
Não quis elaborar nenhum top mas, infelizmente, há números difíceis de ultrapassar. Se alguma coisa quis salientar com a referência às bombas lançadas sobre o japão, é que esse tal carácter sanguinário e, sobretudo, a indiferença que 'os senhores da guerra' mostram pela vida dos inocentes, está mesmo presente em TODAS as civilizações, em qualquer lugar e em qualquer época. Quanto aos meios de locomoção de cada um, o capitão bem sabe em que situação me encontro. Viva o pedestrismo. Apoio totalmente a iniciativa de abandonar os transportes movidos a derivados de petróleo.
portugal vai reduzir a produção de tabaco e nos mesmo terrenos vai investir na produção de bioetanol. o brasil é actualmente o maior produtor de bioetanol a nível mundial e ao mesmo tempo o maior consumidor. mas ainda não chega. os eua começaram há muito pouco tempo a entrar na corrida da produção de bioetanol e ainda estão a alguns anos de apanhar o brasil, quando ultrapassarem talvez aceitem kyoto (????). as árvores na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante. pode parecer que dentro de alguns anos quem andou a encher os bolsos com as transacções do petróleo vai começar a ganhar menos - mas não me parece que isso venha acontecer dessa forma tão simples. a camada de ozono está a fechar mas o aquecimento global não pára de aumentar. quando todas as famílias chinesas tiverem um frigorífico e um automóvel, tal como o resto das famílias ocidentais, se utilizarem combustíveis poluentes estamos completamente %"/(&*?=) e as árvores na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante. todos os dias faço grandes caminhadas a pé atravessando a zona oriental, a zona central e uma parte da zona ocidental da minha cidade, raramente recorro ao metro e não me lembro da última vez que andei de autocarro, mas é verdade que não deixo de utilizar o carro quando preciso de ir ao cinema à noite. a autarquia da minha cidade não me proporciona uma rede viária alternativa e segura para tais deslocações. estou a escrever de cor e se calhar nem estou a fazer sentido, mas parece-me que bastava a china, a india e o brasil deixaram de alinhar na cena do petróleo e os eua bem tinham que arrebitar caminho. em relação à guerra, a guerra é sempre de uma inutilidade e injustiça inclassificáveis. nunca há um lado com razão e somos todos culpados. as árvore na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante e sem as árvores da amazónia é como acreditar que podemos viver sem os dois pulmões. eu não gostava nada nada de perder os meus pulmões.
acima de tudo, todos nós sentimo-nos practicamente inúteis para combater todos estes flagelos. Somos uns meros peões e mesmo que nos unamos e façamos muito barulho, basta um certo governante meter na cabeça que quer fazer algo, que o resto de mundo não lhe consegue fazer frente. Todos nós queremos um mundo melhor mas está cada vez mais dificil e as próximas gerações ainda se queixarão mais. Com todo este palavreado um tipo fica deprimido... mas é a vida.
Quando penso nestas questões, a banda sonora (mesmo que só dentro do cérebro) passa por aqui:
testemunha ocular da miséria mental que é mistificar a tristeza banal de viver a juntar tanta coisa vital para a vida vulgar parecer divinal e com isso ocultar a pobreza real de um gesticular reduzido a sinal não consigo calar a origem deste mal que nos anda a atacar a todos por igual tudo assenta no consumo e produção são as tetas desta nossa alienação trabalhar ou morrer é-nos dado escolher o trabalho é direito transmutado em dever não se pode morrer já lá diz o preceito e se formos a ver não há nada a escolher para sobreviver o trabalho é foral não morrer consumindo não se chama viver o consumo é o aval para se ir produzindo e com seu acrescer fecha o ciclo infernal tudo assenta no consumo e produção são as tetas desta nossa alienação são as tetas o consumo e a produção são as tetas da nossa alienação
Mão Morta As Tetas da Alienação HÁ JÁ MUITO TEMPO QUE NESTA LATRINA O AR SE TORNOU IRRESPIRÁVEL
Eu concordo, é uma conversa deprimente mas necessária, senão, aí é que se entra no tal jogo da alienação, produção e consumo, com a cabeça de molho, sem saber já pensar por si. Dava jeito a muita gente.
eu acho que todos voces têm razao na maioria dos vossos argumentos, mas ha uma coisa muito importante com que eu nao concordo, a de que a predisposição para o mal ( nas mais variadas formas, procura de poder, egoísmo, assassinio...) está presente na natureza humana, isso é algo com ke nao concordo em absoluto, e penso que esta questão está na base da diferença entre a ideologia de direita e de esquerda, e se pensarmos que o homem é naturalmente "mau", logo tem de ser controlado e constantemente reprimido, e acabamos nestes conservadores hipocritas que patrocinam as atrocidades de hoje. se não acreditarmos que é possivel haver um "homem" diferente, realmente não ha esperança que a situação possa melhorar. E ja agora, será o bush menos terrorista que o bin laden?
bem, basicamente keria dizer k nao concordo k a violencia e a maldade sejam parte da natureza humana, como foi aqui dito, e que a guerra e a sede de poder estiveram e tenham de estar sempre presentes em todas as civilizações. apenas penso que é a sociedade que vai corrompendo o homem ao longo do seu desenvolvimento, e que este tem uma propensão natural para a "bondade".´Isto é importante para poder haver esperança num futuro menos cinzento. Não sei se me fiz entender superpiloto, mas também, who cares?
Luis, quando falo da natureza humana refiro-me à natureza social e não à natureza biologica; na minha opinião, mesmo tendo em conta a influencia genética nestas coisas, é no processo de socialização (que decorre em diversas etapas ao longo das nossas vidas) que são aprendidas e interiorizadas - num processo interminável de interacção entre o corpo social e o individual - formas de sobrevivencia, de interacção e de escalada no corpo social. Relativamente à esquerda e à direita não me parece que tenham algo a ver com isto, mesmo que a ética protestante, que está na base do capitalismo, possa de alguma forma "desculpar" alguns metodos para acumular riqueza e poder e glorificar os que tal alcançam. A sede de poder e bens materiais é obviamente muito anterior à ética protestante e mesmo nas comunidades mais primitivas todo o equilibrio foi desfeito, pela natural (incutida no processo de socialização) ambição humana. E todos os sistemas politicos ou de organização social ditos "de esquerda" são tão belos quanto utópicos, dada a natureza (social) humana. E já agora, na prática, não me considero nem de esquerda nem de direita, mas num plano puramente idealista, sou o mais anarquista possivel. Fiz-me entender?
O bem e o mal vão estar sempre lá, o bom e o mau também, o bonito e o feio, o útil e o inútil, o forte e o fraco, o caro e o barato, o calor e o frio, o barulho e o silencio, o dia e a noite, fácil ou difícil, forte ou fraco, há sempre um oposto.... who cares? Haja ROCK prá carola...
Talvez a guerra e a sede de poder não tenham estado presentes nas sociedades matriarcais no início do processo de sedentarização. Depois há-de ter aparecido alguém que fodeu tudo.
fizeste-te entender perfeitamente pedro, a concordo contigo em grande parte, até na aproximação ideológica á utopia anarquista, em que se calhar apenas por ingenuidade podemos sonhar. e penso que tudo começa na definição que cada um tem da natureza humana, e de ser possível voltar a haver liberdade. mas com este contexto social, se calhar isto so pode piorar. o sistema capitalista manipula-nos logo desde a infância, quando por exemplo as crianças entram no sistema escolar são lhes imediatamente incutidos os ideais de competitividade e da necessidade de nos sentirmos supeiores uns aos outros, ideais que muito jeito fazem ao sistema. mas se calhar tenho que ouvir menos dead kennedys e ler menos proudhon. mas por outro lado que se foda, desde que haja ROCK e pessoas que tentem foder o sistema!
caros utilizadores deste espaço, que passam por aqui há mais de um ano. antes de me registar como superpiloto, sempre que deixava algum comentário, assinava simplesmente Luís, volta e meia ainda o faço. este comentário pode parecer estúpido mas é para que não haja confusões, pois tenho sido abordado com questões tipo: - é pá foste tu que postaste aquilo?!
Caro Luis continua a escrever o que quiseres, só tinha mesmo que esclarecer isto para evitar futuras possíveis confusões.
24 comentários:
Alguns números não deixam de ser curiosos, como saber que já morreram em guerra quase tantas pessoas como há 5 anos atrás, e com esses números não se nota tanta preocupação.
Foi precisamente isso que me chamou mais à atenção, mas os noticiários continuam sempre com as mesmas imagens todos os anos e não se fala noutra coisa senão nas victimas do ataque.
esta questão é mt complexa. as teorias são imensas. em parte à custa de tudo isto o Bush foi reeleito.
o filme meio doc/meio ficção do winterbottom, the road to guantanamo, parece conseguir mostrar mais algumas perversidades sobre o assunto (refiro este por ser muito recente e ainda está presente).
esse dia foi horrível para humanidade e tudo o que aconteceu a partir daí foi a continuação da monstruosidade praticada. ninguém está inocente.
Dois dos dias mais horríveis para a humanidade aconteceram há mais de meio século, quando os americanos despejaram 2 bombas atómicas em cima de duas ilhas japonesas.
Outro dia horrível foi o da invasão do iraque, um país atacado sabe-se lá por quê, abrindo um precedente tenebroso em termos de negociações diplomáticas via onu ou direito internacional. A partir daí, qualquer motivo serve para se invadir um país, matar milhares de civis, destruir património de valor incalculável, desde que a força esteja do lado da potência invasora.
Notícia de rodapé de um jornal (daqueles gratuitos, descartáveis) de anteontem (10-09-06): 4 soldados americanos aguardam julgamento, após terem sido identificados como os responsáveis pela violação de uma rapariga iraquiana de 14 anos e pela morte da sua mãe e da irmã de 6 anos.
O mundo agradece ao governo americano por estar tão empenhado em tornar este planeta num lugar mais seguro.
Susana
os numeros são de facto curiosos, pelo menos para os menos atentos. Mas como diz o Superpiloto a questão é muito complexa e não me parece bem optar pela via da comparação das atrocidades, tipo top. O caracter sanguinário, a guerra, a morte são parte da natureza humana e estão presentes em todas as civilizações, das mais barbaras ás mais evoluidas; e os fins são sempre os mesmos: o poder - o maior de todos - e o dinheiro. Hoje, além do protesto por palavras, exigem-se, em nome da coerencia dos que protestam, acções - deixar de andar de carro ou outro meio de transporte movido a derivados do petroleo, são um pequeno exemplo. Parece-me hipocrita e incoerente criticar os que matam pelo petroleo - e pelo poder, indirectamente - e manter os confortos diários e rotineiros sem pensar em tudo o que se esconde por trás deles. Seja como for, toda e qualquer morte desnecessária é profundamente lamentavel; a questão da necessidade da morte é muito complexa.
Não quis elaborar nenhum top mas, infelizmente, há números difíceis de ultrapassar. Se alguma coisa quis salientar com a referência às bombas lançadas sobre o japão, é que esse tal carácter sanguinário e, sobretudo, a indiferença que 'os senhores da guerra' mostram pela vida dos inocentes, está mesmo presente em TODAS as civilizações, em qualquer lugar e em qualquer época.
Quanto aos meios de locomoção de cada um, o capitão bem sabe em que situação me encontro. Viva o pedestrismo.
Apoio totalmente a iniciativa de abandonar os transportes movidos a derivados de petróleo.
Susana
Devo sacrificar-me e deixar de comprar vinil? É que a pé já eu ando!
portugal vai reduzir a produção de tabaco e nos mesmo terrenos vai investir na produção de bioetanol. o brasil é actualmente o maior produtor de bioetanol a nível mundial e ao mesmo tempo o maior consumidor. mas ainda não chega. os eua começaram há muito pouco tempo a entrar na corrida da produção de bioetanol e ainda estão a alguns anos de apanhar o brasil, quando ultrapassarem talvez aceitem kyoto (????). as árvores na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante. pode parecer que dentro de alguns anos quem andou a encher os bolsos com as transacções do petróleo vai começar a ganhar menos - mas não me parece que isso venha acontecer dessa forma tão simples. a camada de ozono está a fechar mas o aquecimento global não pára de aumentar. quando todas as famílias chinesas tiverem um frigorífico e um automóvel, tal como o resto das famílias ocidentais, se utilizarem combustíveis poluentes estamos completamente %"/(&*?=) e as árvores na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante.
todos os dias faço grandes caminhadas a pé atravessando a zona oriental, a zona central e uma parte da zona ocidental da minha cidade, raramente recorro ao metro e não me lembro da última vez que andei de autocarro, mas é verdade que não deixo de utilizar o carro quando preciso de ir ao cinema à noite. a autarquia da minha cidade não me proporciona uma rede viária alternativa e segura para tais deslocações. estou a escrever de cor e se calhar nem estou a fazer sentido, mas parece-me que bastava a china, a india e o brasil deixaram de alinhar na cena do petróleo e os eua bem tinham que arrebitar caminho. em relação à guerra, a guerra é sempre de uma inutilidade e injustiça inclassificáveis. nunca há um lado com razão e somos todos culpados. as árvore na amazónia continuam a cair a um ritmo alucinante e sem as árvores da amazónia é como acreditar que podemos viver sem os dois pulmões. eu não gostava nada nada de perder os meus pulmões.
acima de tudo, todos nós sentimo-nos practicamente inúteis para combater todos estes flagelos. Somos uns meros peões e mesmo que nos unamos e façamos muito barulho, basta um certo governante meter na cabeça que quer fazer algo, que o resto de mundo não lhe consegue fazer frente.
Todos nós queremos um mundo melhor mas está cada vez mais dificil e as próximas gerações ainda se queixarão mais.
Com todo este palavreado um tipo fica deprimido... mas é a vida.
um gajo põe a rodar em loop "goin' against your mind" do mais recente built to spill e ganha gás para o dia todo. ROCK ON!
Quando penso nestas questões, a banda sonora (mesmo que só dentro do cérebro) passa por aqui:
testemunha ocular da miséria mental que é mistificar a tristeza banal de viver a juntar tanta coisa vital para a vida vulgar parecer divinal e com isso ocultar a pobreza real de um gesticular reduzido a sinal não consigo calar a origem deste mal que nos anda a atacar a todos por igual
tudo assenta no consumo e produção
são as tetas desta nossa alienação
trabalhar ou morrer é-nos dado escolher o trabalho é direito transmutado em dever não se pode morrer já lá diz o preceito e se formos a ver não há nada a escolher para sobreviver o trabalho é foral não morrer consumindo não se chama viver o consumo é o aval para se ir produzindo e com seu acrescer fecha o ciclo infernal
tudo assenta no consumo e produção
são as tetas desta nossa alienação
são as tetas
o consumo e a produção são as tetas da nossa alienação
Mão Morta
As Tetas da Alienação
HÁ JÁ MUITO TEMPO QUE NESTA LATRINA O AR SE TORNOU IRRESPIRÁVEL
eu costumo brincar com a cena dos estrábicos da sardinha toneca - consome consome mata a fome
Eu concordo, é uma conversa deprimente mas necessária, senão, aí é que se entra no tal jogo da alienação, produção e consumo, com a cabeça de molho, sem saber já pensar por si. Dava jeito a muita gente.
Susana
eu acho que todos voces têm razao na maioria dos vossos argumentos, mas ha uma coisa muito importante com que eu nao concordo, a de que a predisposição para o mal ( nas mais variadas formas, procura de poder, egoísmo, assassinio...) está presente na natureza humana, isso é algo com ke nao concordo em absoluto, e penso que esta questão está na base da diferença entre a ideologia de direita e de esquerda, e se pensarmos que o homem é naturalmente "mau", logo tem de ser controlado e constantemente reprimido, e acabamos nestes conservadores hipocritas que patrocinam as atrocidades de hoje. se não acreditarmos que é possivel haver um "homem" diferente, realmente não ha esperança que a situação possa melhorar. E ja agora, será o bush menos terrorista que o bin laden?
caro luis, acho que me falhou qq coisa no teu comentário.
quanto à pergunta, sopas, a minha fita métrica não consegue chegar a nenhuma conclusão. são os 2 tão maus e tão perversos.
bem, basicamente keria dizer k nao concordo k a violencia e a maldade sejam parte da natureza humana, como foi aqui dito, e que a guerra e a sede de poder estiveram e tenham de estar sempre presentes em todas as civilizações.
apenas penso que é a sociedade que vai corrompendo o homem ao longo do seu desenvolvimento, e que este tem uma propensão natural para a "bondade".´Isto é importante para poder haver esperança num futuro menos cinzento. Não sei se me fiz entender superpiloto, mas também, who cares?
Luis, quando falo da natureza humana refiro-me à natureza social e não à natureza biologica; na minha opinião, mesmo tendo em conta a influencia genética nestas coisas, é no processo de socialização (que decorre em diversas etapas ao longo das nossas vidas) que são aprendidas e interiorizadas - num processo interminável de interacção entre o corpo social e o individual - formas de sobrevivencia, de interacção e de escalada no corpo social. Relativamente à esquerda e à direita não me parece que tenham algo a ver com isto, mesmo que a ética protestante, que está na base do capitalismo, possa de alguma forma "desculpar" alguns metodos para acumular riqueza e poder e glorificar os que tal alcançam. A sede de poder e bens materiais é obviamente muito anterior à ética protestante e mesmo nas comunidades mais primitivas todo o equilibrio foi desfeito, pela natural (incutida no processo de socialização) ambição humana. E todos os sistemas politicos ou de organização social ditos "de esquerda" são tão belos quanto utópicos, dada a natureza (social) humana. E já agora, na prática, não me considero nem de esquerda nem de direita, mas num plano puramente idealista, sou o mais anarquista possivel. Fiz-me entender?
O bem e o mal vão estar sempre lá, o bom e o mau também, o bonito e o feio, o útil e o inútil, o forte e o fraco, o caro e o barato, o calor e o frio, o barulho e o silencio, o dia e a noite, fácil ou difícil, forte ou fraco, há sempre um oposto.... who cares? Haja ROCK prá carola...
Talvez a guerra e a sede de poder não tenham estado presentes nas sociedades matriarcais no início do processo de sedentarização. Depois há-de ter aparecido alguém que fodeu tudo.
Susana
fizeste-te entender perfeitamente pedro, a concordo contigo em grande parte, até na aproximação ideológica á utopia anarquista, em que se calhar apenas por ingenuidade podemos sonhar. e penso que tudo começa na definição que cada um tem da natureza humana, e de ser possível voltar a haver liberdade. mas com este contexto social, se calhar isto so pode piorar. o sistema capitalista manipula-nos logo desde a infância, quando por exemplo as crianças entram no sistema escolar são lhes imediatamente incutidos os ideais de competitividade e da necessidade de nos sentirmos supeiores uns aos outros, ideais que muito jeito fazem ao sistema. mas se calhar tenho que ouvir menos dead kennedys e ler menos proudhon. mas por outro lado que se foda, desde que haja ROCK e pessoas que tentem foder o sistema!
caros utilizadores deste espaço, que passam por aqui há mais de um ano. antes de me registar como superpiloto, sempre que deixava algum comentário, assinava simplesmente Luís, volta e meia ainda o faço. este comentário pode parecer estúpido mas é para que não haja confusões, pois tenho sido abordado com questões tipo: - é pá foste tu que postaste aquilo?!
Caro Luis continua a escrever o que quiseres, só tinha mesmo que esclarecer isto para evitar futuras possíveis confusões.
Luís
obrigado superpiloto por dares permissão para eu escrever o k kiser... es muito gentil.
bem, um gajo ta uns dias sem ver os blogs e há logo uma discussão destas. fica pró ano a minha opinião...
There's no such thing as an innocent person.
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